Diante da intensa valorização das criptomoedas, é normal que muitos investidores se sintam seduzidos a experimentar esse mercado em efervescência. Afinal, todo mundo quer ter uma boa história para contar na mesa com os amigos né?

Como em todo mercado de renda variável, o segredo para conseguir sobreviver e ter bons resultados no longo prazo, o investidor deve ter cautela e uma estratégia muito clara sobre o tamanho da exposição a esse mercado. A pandemia do Covid-19 trouxe uma dinâmica nova para o mercado de investimentos. Em uma situação de intensa vulnerabilidade social de algumas camadas da população, os governos se viram obrigados a constituir uma rede de proteção social. Nos países desenvolvidos, como os EUA, foram distribuídos cheques para a população.

Nos países subdesenvolvidos, como nosso caso, apelidamos de auxílio emergencial e fizemos o mesmo movimento. Todo esse dinheiro injetado, procura um caminho para ser utilizado. A suspeita é que esse dinheiro esteja escoando para o mercado acionário e para as criptomoedas, no caso dos países desenvolvidos.

O que aconteceu?

Em abril de 2021, o Bitcoin que chegou à marca de 360 mil reais a unidade, experimentou uma queda de aproximadamente 20%. Isso tudo em menos de 24 horas. Um abalo sísmico, comum para os investidores mais experientes. Entretanto, essa oscilação não foi nada trivial para os novatos que só viram o lado bonito da moeda, valorizações intensas e constantes.

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Tudo isso coincidiu com a marca histórica, o IPO (Initial Public Offer) de uma das maiores corretoras americanas, a Coinbase. Esse movimento pode ter algumas origens, ainda desconhecidas. Dentre elas, a mais forte é que houve uma queda de energia em uma região onde há uma fazenda de mineração de Bitcoins, na China.

Para os mais bem-informados, toda transação de Bitcoin precisa ser autenticada pela rede de mineradores. Quando esses computadores estão impossibilitados de validar as transações, o custo aumenta para validar e o volume transacionado diminui.

A propósito, hoje a China é um dos países que concentram o maior volume de fazendas de mineração de criptomoedas. Isso acontece por conta do custo competitivo da sua energia. Esse é o calcanhar de Aquiles desse mercado. O custo da energia e a capacidade computacional para processar as transações na rede.

Porém, esse tema, hoje esquecido, provavelmente entrará na pauta das principais economias, uma vez que a regulação desse mercado nas principais economias do mundo está avançando substancialmente.